O que muda com o projeto de transferência de dados entre Google, Microsoft e outros?

Por Wellington Lordelo 

Os dados desempenham um papel fundamental no mundo conectado. Governos e empresas estão procurando maneiras de acessar, analisar e compartilhar conjuntos de informações cada vez maiores, que por sua vez levarão a insights mais precisos e, por fim, ao crescimento das organizações. Porém, ao combinar grandes volumes de dados e as várias nuvens disponíveis para armazená-los, você pode ter um problema significativo de “migração” entre elas (e o avanço da Internet das Coisas pode complicar esse cenário ainda mais).
Nesse sentido, a colaboração recente entre Google, Microsoft, Facebook e Twitter para padronizar e simplificar a transferência de dados é um passo positivo. Chamado de Data Transfer Project (DTP), o projeto visa a criação de uma estrutura comum com código aberto que possa conectar provedores de serviços diferentes, possibilitando a portabilidade das informações de forma direta. O grande desafio que surge com essa oportunidade é fazer com que os dados sejam agregados e transmitidos com segurança e agilidade, a partir de um ambiente central e neutro.
É aqui que entra a interconexão. Ao permitir acesso direto, privado – e, principalmente, neutro – entre os diferentes players, a solução é a chave não só para a velocidade na transação de grandes volumes de dados, mas também da garantia de segurança para tal. Tanto via Internet quanto em jnterconexão é possível fazer uma transferência de dados; porém, garantir velocidade e principalmente segurança, somente um provedor carrier neutral pode oferecer tal vantagem. Ninguém vai querer que seus dados mais sensíveis possam ser interceptados e roubados por alguém mal-intencionado. Mas como a interconexão - agora aliada ao Data Transfer Project – pode ajudar?
Quando você tem um grande volume de dados, é muito difícil, demorado e caro move-los entre nuvens diferentes. No entanto, a necessidade de um modelo multicloud ou híbrido tem se tornado cada vez mais premente, à medida que as organizações precisam adequar diferentes aplicativos e cargas de trabalho a diferentes locais de armazenamento. Hoje a interconexão já facilita o acesso a dados a partir de um local central neutro e a aplicativos executados em diferentes nuvens (que exigem diferentes formatos). O Data Transfer Project tornará esse modelo multicloud ou híbrido ainda mais realista.
Além disso, a segurança das informações também é um fator relevante aqui. Empresas e governos podem ter de mover dados entre nuvens por várias razões, mas precisam fazer isso sempre com criptografia. É desejável – e, em alguns casos, legalmente exigido – não armazenar as chaves de segurança na mesma nuvem onde os dados residem. Nesse sentido, uma solução como a Equinix SmartKey pode ajudar os clientes a consolidar seu gerenciamento de chaves em várias nuvens, a partir de um local neutro / central que forneça acesso em alta velocidade.
Enfim, a interconexão e o Data Transfer Project podem alavancar em definitivo o modelo de multicloud e cloud híbrida, evitando o “bloqueio” entre nuvens e ajudando as organizações a aproveitarem melhor os serviços de diversos provedores. Ainda é muito cedo para avaliar a reação do mercado brasileiro em relação ao DTP, mas do ponto de vista da interconexão, aqui no Brasil já temos tudo pronto para suportar essa troca de dados de forma ágil e segura. A Equinix tem uma visão favorável dessa iniciativa e espera oferecer o valor esperado pelas organizações.
FONTE: MUNDO RH 

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