Equinix consegue redução expressiva no consumo elétrico em dois anos

O maior datacenter da Equinix na América Latina, localizado em São Paulo, opera com eficiência energética similar à de regiões frias do Norte da Europa, onde baixas temperaturas externas ajudam a resfriar os equipamentos dos centros de dados. Inaugurado há um ano, em 16 mil m2 de área construída, o SP3 mantém o seu índice PUE (sigla em inglês para eficácia do uso de energia) em 1,35, segundo Wellington Lordelo, gerente de solution marketing da multinacional.

"Está abaixo das médias dos EUA e Europa, que ficam entre 1,4 e 1,5, e é bem melhor do que as médias do Brasil e da América Latina, de 2,4 e 2,1, respectivamente", diz Lordelo. PUE é a métrica mais comumente usada no setor para avaliar eficiência energética. Resulta da divisão entre energia total demandada na instalação e aquela consumida apenas pelos equipamentos de TI. Quanto mais perto de 1,0, melhor. Um índice de 2,0, por exemplo, indica que o datacenter demanda duas vezes mais energia do que a necessária para alimentar os equipamentos.

Nos últimos dois anos, a operação brasileira da Equinix - quatro centros em São Paulo e dois no Rio de Janeiro - vem diminuindo a fatia desse insumo no custo total do negócio. Juntas, as seis instalações consumiram, em 2017, energia equivalente a 15% do custo total. Em 2016, a participação foi de 17%, e em 2015, de 19%, informa Lordelo.

Fora o processamento das máquinas, a refrigeração é o maior vilão de consumo, diz o gerente. Nessa área, o destaque do SP3 é uma solução avançada de refrigeração evaporativa que usa spray de água no sistema para aumentar a eficiência da climatização. "A água é liberada no menor tamanho de suas moléculas e a umidade é controlada dentro do maquinário para não prejudicar os equipamentos do datacenter", diz o executivo. A solução inclui uso de free cooling indireto, técnica que aproveita temperaturas externas para efeito de refrigeração. "Mesmo estando em país tropical, conseguimos êxito em êxito em São Paulo nos dias mais frios". 

O SP3 tem subestação de alta tensão própria e recebe energia da concessionária por meio de dois ramais distintos. A falta de concorrência no mercado fornecedor de energia é um desafio extra, segundo o executivo. "Há uma única concessionária em São Paulo. Esse monopólio torna o país menos inovador do que poderia ser nessa área". A Equinix negocia diretamente com outras fontes geradoras, no ambiente de mercado livre. "Mas a entrega, nesses casos, fica bem engessada", diz.

O SP3 usa energia solar para alimentar computadores, iluminação e elevadores no ambiente dos escritórios. "O custo mensal é zero, uma vez que investimos na compra do equipamento." Em âmbito global, a meta da empresa é utilizar 100% de energia renovável em todos os seus cerca de 180 centros de dados ao redor do mundo até 2020. A taxa era de cerca de 33% em 2015, quando a multinacional assumiu o compromisso.

FONTE: VALOR ECONÔMICO 

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