Kore triplica capacidade no Brasil para atender demanda de IoT


Empresa de conectividade de internet das coisas cresceu 40% o faturamento no último ano e segue com expectativas otimistas

Projetos de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) devem movimentar US$ 8 bilhões em 2018, crescimento de 14% na comparação com o ano anterior, segundo estimativas da IDC. Em alta, o mercado de IoT tem criado enormes oportunidades para players do setor. Um exemplo disso é a norte-americana Kore TM Data, empresa de conectividade de IoT, que cresceu 40% seu faturamento no último ano no Brasil.
De olho nas oportunidades, a companhia já investiu US$ 1,5 milhão no país desde o ano passado. Parte do investimento é para transição de infraestrutura de data center, migrando para a nova estrutura da Equinix, em São Paulo.
"Nosso cliente terá a mesma qualidade de serviço que sempre teve. Nos últimos cinco anos não tivemos nenhuma parada acima de duas horas por ano", destaca Sergio Souza, gerente geral da Kore na América Latina, em entrevista à Computerworld Brasil.
O executivo aponta que a principal vantagem do novo data center é a escalabilidade, já que ele terá três vezes mais capacidade para atender a crescente demanda. "Estamos aumentando capacidade de banda porque estamos tendo grande demanda de IoT para projetos com imagem e transmissões, que requerem muito mais capacidade por conta do 4G", explica.
A antiga infraestrutrua de data center, também da Equinix, já estava praticamente toda tomada, sem suprir a alta taxa de crescimento. Segundo Souza, a base de equipamentos conectados dobra a cada 18 meses, nos últimos três anos.
"Não conseguíamos mais contratar expansão", lembra o executivo, citando outro requisito que exigiu maior capacidade: equipamentos para atender requisitos de segurança mais sofisticados por parte dos clientes. "As pequenas e médias empresas não conseguem se preocupar com segurança porque não têm tempo e pessoas suficientes, enquanto as maiores estão ficando mais exigentes nesse sentido."
Souza conta que o processo de transição ainda está em andamento, feito de forma "extremamente cuidadosa". "Como somos serviço de infraestrutura, estamos no meio do caminho e qualquer coisa reflete no nosso cliente. Estamos fazendo de forma cuidadosa para minimizar o impacto."
"Não estamos falando de futuro. É o presente e um mercado que cresce a uma taxa de 15% ao ano", resume.

No meio do caminho
Onde está a Kore no processo de internet das coisas e dispositivos inteligentes?
Souza classifica IoT como um termo abrangente, separado basicamente em três componentes: equipamentos inteligentes que capturam dados, plataformas que coletam essas informações e as transformam em informações relevantes para o negócio, e, por fim, uma rede para transmitir esses dados. É onde a Kore está, na categoria classificada pelo executivo como "meio do caminho".
"Somos responsáveis pelo componente rede. Coletamos as informações e entregamos dos dois lados", comenta o executivo, que diz também que os principais clientes da empresa são prestadoras de serviço, como companhias de segurança, telemetria, rastreamento e gestão de frotas.
"Usamos a rede das operadoras e colocamos várias camadas para garantirmos segurança, gestão, customização, disponibilidade e acesso fácil ao cliente", completa.

Metas
A ampliação da capacidade, somada ao crescimento exponencial do mercado de IoT, aumenta a projeção de crescimento da Kore para 2018. O executivo calcula a meta de 45% de crescimento no ano, sendo a principal meta a finalização da migração de data center.


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