5 perguntas para o CEO: Eduardo Carvalho, da Equinix



O estudo Global Interconnection Index (GXI), realizado pela Equinix, aponta que a capacidade total da velocidade de interconexão entre empresas deve chegar a 8,2 mil Tbps, com base em uma taxa composta de crescimento anual de 48% entre 2017 e 2021 em todos os setores.

É nessa tendência que a Equinix tem depositado suas fichas e colhido os resultados. "Estamos muito otimistas com as perspectivas da Equinix para este ano, principalmente por conta do crescimento da interconexão e das tendências tecnológicas. Acabamos de anunciar os resultados e este é o 64º trimestre consecutivo de crescimento de receita", destacou Eduardo Carvalho, country manager da Equinix no Brasil.

O executivo explica que a empresa tem investido constantemente para tornar-se uma plataforma global de interconexão totalmente integrada, promovendo um ecossistema absolutamente abrangente em termos de soluções e infraestrutura em data center, permitindo que os clientes se conectem entre si de forma segura e ágil, ganhando escalabilidade de negócios e otimizando custos e tempo.

No Brasil, Carvalho destaca que, além do lançamento do IBX SP3, a companhia teve recentemente a incorporação do data center da Verizon em São Paulo (SP4), o qual já está em processo de expansão, além do início à segunda fase de expansão do data center do Rio de Janeiro (RJ2).

"Passamos a oferecer a solução de Cloud Híbrida, voltada para clientes com estratégia multicloud híbrida de alta performance no país", apontou.
Carvalho participa da seção 5 perguntas para o CEO, em que aborda o momento de mercado para a Equinix, bem como as expectativas para o futuro. Confira:
Computerworld Brasil: Qual o papel da interconexão na transformação digital?
Eduardo Carvalho: A transformação digital, hoje, já é uma realidade em todos os setores da economia. As indústrias, por exemplo, estão passando por tantas transformações que a versão “Indústria 5.0” não está muito distante. Da mesma forma, temos o setor de Conteúdo e Mídias Digitais que vem migrando para o streaming em vez da TV tradicional ou à cabo. O mercado de Meios de Transporte está adotando novos modelos de negócio via apps e as corridas compartilhadas e os bancos, por sua vez, estão cada vez mais digitais.

A Interconexão na digital edge, perto dos clientes, parceiros e fornecedores, permite uma performance e latência em tempo real em todas essas conexões, fazendo com que a experiência do cliente seja cada vez melhor. Segundo o Global Interconnection Index (GXI), um estudo de mercado publicado anualmente pela Equinix, a capacidade total da velocidade de Interconexão entre empresas deve chegar a 8.200 Tbps, com base em uma taxa composta de crescimento anual de 48% entre 2017 e 2021 em todos os setores.

A troca de dados direta se torna possível quando os serviços de cloud, as empresas e seus parceiros têm pontos de presença que podem ser interconectados a outros pontos em data centers neutros em locais estratégicos espalhados pelo mundo. O GXI estima que a capacidade instalada de velocidade de Interconexão na América Latina, em todos os mercados, poderia alcançar mais de 755 Tbps em 2021, uma taxa composta de crescimento anual de 59%, o que a torna a região de crescimento mais rápido em todo o globo. A velocidade de Interconexão é a capacidade total disponibilizada para troca de tráfego privada e direta com um conjunto diversificado de contrapartes e provedores em pontos de troca de TI distribuídos dentro data centers carrier-neutral.

CW Brasil: O nome Equinix passou a ser utilizado em 2015 no Brasil, um ano após a aquisição da Alog Data Center. Qual o progresso da companhia no país e o que mudou de lá para cá?

Carvalho: Passamos a ser a única empresa de interconexão no mundo e no mercado brasileiro a ter uma abrangência global. Além disso, foram realizados investimentos em data center legados e também em novos. A Equinix tem investido constantemente para tornar-se uma plataforma global de interconexão totalmente integrada, promovendo um ecossistema absolutamente abrangente em termos de soluções e infraestrutura em data center, permitindo que os clientes se conectem entre si de forma segura e ágil, ganhando escalabilidade de negócios e otimizando custos e tempo.

CW Brasil: A empresa lançou recentemente mais um data center no Brasil, o SP3. Quais os principais investimentos recentes no país e o que representam?

Carvalho: Além do lançamento do IBX SP3, também tivemos e a incorporação do data center da Verizon em São Paulo (SP4), o qual já está em processo de expansão, e demos início à segunda fase de expansão do data center do Rio de Janeiro (RJ2).

Passamos a oferecer a solução de Cloud Híbrida, voltada para clientes com estratégia multicloud híbrida de alta performance no país. Globalmente, mas com impacto no mercado brasileiro, tivemos o anúncio da próxima geração da nossa plataforma global, através de conexão direta física e virtual de seus data centers International Business Exchange (IBX) ao redor do mundo. Este foi um passo importante para permitir que os clientes se conectem sob demanda a qualquer outro cliente, de qualquer localidade Equinix.

No Brasil, a implantação foi iniciada em agosto do ano passado, com o lançamento do Equinix Internet Exchange no Brasil, plataforma que permite aos principais drivers de tráfego da internet, incluindo ISPs e provedores de conteúdo, a troca de tráfego de maneira fácil e eficaz e a expansão de suas operações globalmente. Assim, a empresa se consagra como o primeiro data center a viabilizar que empresas e provedores troquem tráfegos tanto em redes públicas, como privadas no país, em um mesmo ecossistema.

Esta conectividade entre as áreas metropolitanas é possibilitada por meio do Equinix Cloud Exchange Fabric (ECX Fabric). O objetivo é impulsionar os recursos das redes definidas por softwares (SDNs), atualmente incorporadas ao ECX, para permitir que qualquer cliente conecte dinamicamente sua própria infraestrutura pelos locais Equinix ou conecte-se a qualquer outro cliente da plataforma global Equinix, independentemente da localização.

Investimos em nova arquitetura Metro Connect em São Paulo e no Rio de Janeiro, anunciamos a inclusão da AWS e agora Google no ECX Fabric, além da disponibilização do Equinix SmartKey, uma ferramenta voltada para a segurança, aqui no Brasil.

CW Brasil: Qual a perspectiva da Equinix para este ano, com a expectativa de uma retomada de investimentos do mercado em geral?

Carvalho: Estamos muito otimista com as perspectivas da Equinix para este ano, principalmente por conta do crescimento da interconexão e das tendências tecnológicas. Acabamos de anunciar os resultados e este é o 64º trimestre consecutivo de crescimento de receita. A receita anual da companhia atingiu US$ 5,072 bilhões, registrando um aumento de 16% ano a ano e um crescimento de 9% em uma base de moeda normalizada e constante. Além disso, continuamos a expandir nossa plataforma de interconexão global, adicionando 8,8 mil interconexões, incluindo 1.800 conexões virtuais através do ECX Fabric. Hoje, a Equinix possui a plataforma de interconexão global mais abrangente, compreendendo mais de 333 mil interconexões físicas e virtuais - mais de quatro vezes as interconexões de qualquer concorrente.

De acordo com o segundo Global Interconnection Index (GXI) da Equinix, a velocidade de crescimento da Interconexão (capacidade total disponibilizada para a troca de tráfego direta e privada com um conjunto diversificado de contrapartes e provedores em pontos distribuídos de troca de TI) deverá fazer com que a internet aumente mais de 10 vezes o seu tamanho globalmente até 2021.

O dinamismo dos mercados emergentes e a crescente adoção de negócios digitais posicionam a América Latina como a região que cresce mais rapidamente quando se trata de velocidade da interconexão, com um crescimento esperado de 59% ao ano. Além disso, a Interconexão entre empresas e provedores de cloud e TI deve crescer 98% ao ano até 2021, ajudando as empresas a consumir novos serviços digitais e migrar as cargas de trabalho existentes para plataformas de cloud terceirizadas.

CW Brasil: Qual a capacidade atual da Equinix no Brasil? Há planos de algum novo aumento de infraestrutura no país?

Carvalho: A Equinix conta com seis data centers IBX carrier-neutral interconectados no Rio de Janeiro e em São Paulo, que são os mercados estratégicos mais conectados do Brasil. O SP3 é o maior data center comercial do Brasil e América Latina. São mais de 8 mil metros quadrados de piso elevado, com capacidade final para impressionantes 2,8 mil racks, o que dobrou a capacidade da Equinix no Brasil, na época do lançamento.
SP3, junto aos outros data centers de São Paulo (SP1, SP2 e SP4) e os dois sites cariocas (RJ1 e RJ2), compõem um centro de negócios com mais de 17.250 m² de piso elevado, que contam com mais de 1,4 mil enterprises, mais de 550 corporações e mais de 400 provedores de cloud e TI.


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