As catástrofes naturais podem impactar o ambiente de TI no Brasil?

Segundo Wellington Lordelo, da Equinix, empresas cuja receita vem basicamente de serviços digitais podem ter prejuízos superiores aos esperados e ter uma grande perda de valor percebido pelos seus clientes



Na hora de contratar serviços de TI, tais como um data center, cloud, serviços baseados na nuvem (SaaS) ou plataformas hospedadas na nuvem (PaaS), as empresas podem optar por contratar provedores cujos servidores estão instalados em outros países. As razões para isso podem ir desde o custo até para facilitar questões burocráticas e legislativas que envolvem alocar os dados no exterior ou no próprio país, por exemplo.

Existe uma prática adotada pela maioria das empresas brasileiras para contratar recursos de cloud fora do Brasil com objetivo de obter os menores custos possíveis. Segundo Wellington Lordelo, Vertical Coordinator/Head of Department, Product Management da Equinix no Brasil, o custo de cloud no exterior viabiliza diversos projetos de TI que possuem orçamento apertado. “As áreas de negócio são as que mais sofrem quando essas estruturas são abaladas por desastres inesperados como a do Furacão Maria”, pontua.

No entanto, ele explica que boa parte dos serviços de cloud já são ofertados localmente. “É importante destacar que independente do modelo, aproximar o dado do cliente final garante melhor performance e consequentemente melhora na experiência”.

O uso da tecnologia digital cria a necessidade de apoio a interações em tempo real, que, por sua vez, exige mais velocidade de interconexão. De acordo com a Accenture, o uso da tecnologia digital deverá adicionar US$ 1,36 trilhão em rendimento econômico nas principais dez economias do mundo até 2020.

Os fluxos de trabalho digitais globais, por sua vez, exigem uma malha abrangente de mercados estratégicos interconectados para atender à demanda. De acordo com a McKinsey, o comércio de serviços realizados digitalmente agora compreende 50% do total das exportações de serviços em escala global, com um aumento esperado de 9 vezes até 2020.

De acordo com Lordelo, o Brasil está se recuperando economicamente e, como o país de maior representatividade econômica na América Latina, será o hub de conectividade para os demais países. “O Global Interconnection Index, publicado pela Equinix, acompanha o crescimento da Velocidade de Interconexão e traz o dado de crescimento para nossa região de 62% ao ano. Esse crescimento muito se justifica ao processo de investimento em serviços digitais por todos os segmentos, melhora no acesso a novas tecnologias, práticas de troca de dados privada e exigência do mercado digital”, afirma.

Impactos
Empresas cuja receita vem basicamente de serviços digitais podem ter prejuízos superiores aos esperados e ter uma grande perda de valor percebido pelos seus clientes, avalia Lordelo. “Como já é experimentado por e-commerces, qualquer lentidão leva seus clientes a buscar por concorrentes e até mesmo a concretização de uma compra. Aqui não há fidelização”.

Segundo o executivo, em 2008, cada minuto que a Amazon ficava indisponível, custava US$31k. Em 2016, 13 minutos fora do ar custou US$2.5 milhões. A tecnologia por trás desses serviços, a princípio, prevê que a transmissão dos dados não afete o desempenho contratado pelo cliente que, em linhas gerais, o que deseja é que seus arquivos estejam seguros e disponíveis em tempo real.

Em condições consideradas normais, essa demanda é facilmente atendida.  Entretanto, as recentes catástrofes naturais causadas pelos furacões Maria, no México, e Irma, no Caribe e Estados Unidos, mostraram uma vulnerabilidade pouco comentada.

FONTE: INFOR CHANNEL

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