Qual é o impacto das catástrofes naturais nos negócios de TI?

Na hora de contratar serviços de TI, tais como um data center, cloud, serviços baseados na nuvem (SaaS) ou plataformas hospedadas na nuvem (PaaS), as empresas podem optar por contratar provedores cujos servidores estão instalados em outros países. As razões para isso podem ir desde o custo até para facilitar questões burocráticas e legislativas que envolvem alocar os dados no exterior ou no próprio país, por exemplo.

A tecnologia por trás desses serviços, a princípio, prevê que a transmissão dos dados não afete o desempenho contratado pelo cliente que, em linhas gerais, o que deseja é que seus arquivos estejam seguros e disponíveis em tempo real.
Em condições consideradas normais, essa demanda é facilmente atendida. Entretanto, as recentes catástrofes naturais causadas pelos furacões Maria, no México, e Irma, no Caribe e Estados Unidos, mostraram uma vulnerabilidade pouco comentada.
De uma hora para outra, empresas instaladas no Brasil e em outras localidades bem distantes dos furacões, tiveram seus sistemas e serviços afetados por uma catástrofe que estava acontecendo do outro lado do planeta.
Quais impactos sobre os negócios? Que tipo de prejuízo uma empresa pode ter quando os seus dados ficam indisponíveis e sem previsão de retorno?
Os casos são inúmeros. Um e-commerce, por exemplo, pode ficar fora do ar e perder vendas, uma instituição de ensino pode ver seu sistema fora do ar e ficar impossibilitada de dar continuidade às atividades; hospitais podem ficar sem acesso aos prontuários dos pacientes, comércios podem ficar sem acesso ao sistema de pagamento e recebimento, um sistema financeiro pode ficar lento, o que acarretará prejuízo para a própria instituição e consequentemente para os seus clientes.
O uso da tecnologia digital cria a necessidade de apoio a interações em tempo real, que, por sua vez, exige mais velocidade de interconexão. De acordo com a Accenture, o uso da tecnologia digital deverá adicionar US$ 1,36 trilhões em rendimento econômico nas principais dez economias do mundo até 2020. Os fluxos de trabalho digitais globais, por sua vez, exigem uma malha abrangente de mercados estratégicos interconectados para atender à demanda. De acordo com a McKinsey, o comércio de serviços realizados digitalmente agora compreende 50% do total das exportações de serviços em escala global, com um aumento esperado de 9 vezes até 2020.
​- ​De que maneira as empresas podem minimizar o impacto em seus negócios?
Não só do ponto de vista de mitigação de risco mas também pensando na melhora da experiência do usuário, as empresas que possuem serviços digitais precisam pensar em uma estratégia de interconexão e regionalização dos dados. O gerenciamento de conformidade requer a interconexão de armazenamento de dados, analytics e redes alocadas nas regiões de negócios que exigem conformidade. O "Global Interconnection Index", publicado pela Equinix, traz esses e outros insights.
- E que cuidados devem ser tomados para evitar ficar vulnerável a catástrofes naturais?
Em todos os casos, uma empresa interconectada sobrepõe vantagens à uma empresa tradicional. Vemos que ao adotar uma estratégia de Interconexão, as empresas podem:
· Dar escalabilidade a novas localidades e atender aos usuários de forma mais rápida, onde e quando precisarem, com menor custo e risco;
· Melhorar retenção do cliente e da produtividade do colaborador por meio de experiências diferenciadas;
· Capturar novas oportunidades de receita possibilitadas por meio das análises de dados em tempo real e no ponto de origem da carga de trabalho;
·  Reduzir o cyber-risco ao fazer um by-pass da internet pública e alocar segurança no Edge.
*Wellington Lordelo é coordenador de Marketing de Verticais da Equinix.

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